
Coquetéis
Aprenda a fazer os drinques La Floredita e Patada no Cossaco
Esta semana, fui uma das convidadas da noite de coquetéis com as rainhas, promovida pelo Galeto Sat’s de Botafogo, no Rio de Janeiro. Enquanto preparava e servia drinques para uma casa lotada, não tive tempo de dividir com o público as histórias envolvendo as duas receitas que escolhi apresentar. Para dar a quem me acompanha por aqui um gostinho do que foi o evento, ensino a preparar os drinques feitos por mim no balcão do Sat’s: La Floredita e Patada no Cossaco.
Para o La Floredita, você vai precisar de:
- 50ml de gin Vitória Régia
- 150ml de Tônica Blondine*
- 1 lima da pérsia
- 1 ramo de hortelã
- 1 colher de bar de açúcar
- 2 gotas de angostura
- Gelo
Modo de fazer: Corte a lima em cubos desprezando o miolo branco, se houver. Ponha em um copo long drink e macere com o açúcar e algumas folhas de hortelã. Acrescente gelo até o topo do copo, coloque o gim e complete com a tônica Blondine. Finalize pingando as gotas de angostura sobre o drinque. Decore com um ramo de hortelã bem bonito. Caso não seja possível, use uma fatia de lima. Sirva com canudo.
* Tônica Blondine – Refrigerante artesanal aromatizado com pepino, feito pela cervejaria paulista Blondine.
Já o Patada no Cossaco requer:
- 80ml de cachaça branca Yaguara**
- 50ml de chocolate branco derretido
- 15ml de coulis de frutas vermelhas (ou coulis de morango)
- 3 ou 4 folhinhas de hortelã
- 4 ou 5 pedras de gelo
Modo de fazer: Derreta o chocolate em banho-maria ou micro-ondas e passe para a coqueteleira, juntando o gelo e a cachaça. Bata vigorosamente, despeje em um copo com bojo de pé ou uma taça antiga para espumantes. Decore com as folhinhas de hortelã e finalize com o coulis. Sirva com mexedores e canudo.
** Yaguara é um animal selvagem conhecido como onça-pintada ou jaguar. É o terceiro maior felino do mundo, depois do tigre e do leão.
As histórias
La Floredita é uma lembrança e uma saudade. Nascido nos Estados Unidos, o escritor Ernest Hemingway morou durante muitos anos em Cuba. Frequentador assíduo do bar e restaurante El Floridita, em Havana, Hemingway contribuiu muito para a fama da casa, conhecida por seus daiquiris. Durante uma entrevista, o escritor afirmou: “Mi mojito en La Bodeguita, mi daiquiri en El Floridita” (em tradução livre, “O meu mojito na La Bodeguita, o meu daiquiri no El Floridita”). Quem visita o Floridita encontra uma estátua de bronze de Hemingway, em tamanho natural, em uma das extremidades do balcão.
Originalmente, Patada no Cossaco é preparado com vodca. Foi feito para lembrar os soldados russos em luta no inverno – por isso, tinha que ser branco e precisava ter o vermelho, representando o sangue do ferimento do soldado na neve. Mas o tempo passou daqui e de lá, não existe neve nem soldado cossaco no Brasil e o drinque começou a servir para trocadilhos com as palavras coçar e saco. Guardei a receita. Recentemente, resgatei a combinação para a Páscoa e a bebida ganhou o nome de Pascoal. Mas foi trocando a vodca por cachaça Yaguara que o drinque ficou engraçado mesmo. No meu ponto de vista, agora sim ele merece e precisa ficar em ação.
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